quarta-feira, outubro 25, 2006

Bolo . . . e de pacote . . .

. . . Mais uma sexta-feira.
Vontade de ficar em casa. Aham...
Chegou na hora- a hora do retorno- e eu com vontade de ficar em casa e continuar olhando o documentário que me fazia companhia naquela sonolenta noite. Mas era o tal retorno, tão aguardado. Bom...e eu lá fui. Algumas confusas histórias, dessas que fazem pensar sobre relações, as superficiais situações. Nada disso foi comigo, diretamente comigo, mas me fizeram pensar, mais uma vez, sobre a mediocridade das pessoas. Enfim...coisas da vida.

Então, noite de sábado. Aí sim! Sem nenhuma vontade de sair. Ah! Pra quê?! Sabendo que um dos motivos que me fariam querer sair, o mesmo da última noite, não se faria presente. E não foi mesmo. Mas existiam outros motivos, também os mesmos das outras noites, e então se fizeram valer. Sai. Uma festa legal, momentos divertidos e, com certeza, inesquecíveis.

Saindo da tal festa legal, uma parada num outro lugar que não se faz assim tão legal nos últimos tempos. Quem lá encontro? As mesmas pessoas da tal festa legal. E quando lá estou, conversando e ouvindo um som bem bacana, olho pro lado e ...ai!
Dessas coisas que acontecem só para...pois é, né?!
Um beijo de despedida e um até mais. Cheguei em casa, dormi.

Um domingo predestinado a não ser um completo dia em família, pois me ausentaria boa parte do dia. E a vontade de sair de casa? Ah! Nenhuma, só pra variar. E os tais motivos que me fariam sair? Sim, ainda existiam- existem- e me fazem indecisa. Não, mas dessa vez não. Às vezes prefiro ficar só, ou só em família. O sono me ajudou na escolha. Às 4 da tarde, um compromisso. Só empate.
Mas um empate acompanhado de um gosto, desses que adquirimos quando somos influenciados pelos gostos de um outro. Gosto consentido pela convivência. Raro isso acontecer, mas esse gosto tive que acatar.
Bolo é bolo. De chocolate e de pacote. Ainda que de pacote, dá bolo, né?

Mas pena que deu empate . . .

terça-feira, outubro 17, 2006

Agora vai . . .

. . . Bah! Quantos dias sem postar nada!
Mas nem por isso sem nada escrever!

Hum! Aos poucos vou tentar atualizar as coisas por aqui!
Para começar, segue aí um textinho sobre um show beeeem liigal que teve por aqui em SM!

Agora vai . . .

Pata de Elefante em SM . . .


Trio instrumental fez show no
último sábado, dia 7, no bar Macondo Lugar.
A banda de Porto Alegre mostrou
porque tem nome de peso

Com apenas um álbum lançado pelo selo independente Monstro Discos, a Pata de Elefante conquistou um público fiel e é responsável por quebrar tabu com os preconceituosos ao som instrumental. Formada em 2002, tem Gustavo Telles (Prego) na bateria, Gabriel Guedes e Daniel Mossmann que se revezam no baixo e na guitarra.
Já com as 15 músicas do primeiro disco, gravadas no estúdio Vila do IAPI, ganhou a categoria Revelação no prêmio Açorianos, em 2005. Trabalho que contou com participações especiais como de Vicente Guedes, Leonardo Boff e o do saxofonista King Jim.
A banda está na fase de finalização das 25 canções do segundo álbum e segue com participações especiais.

Duas horas da madrugada de domingo e o bar estava lotado. Em frente ao não tão alto palco, algumas pessoas se espremiam para tentar um bom lugar para ver a banda, que ainda não havia pisado em Santa Maria. Demoraram alguns minutos e lá estavam eles, o power trio instrumental Pata de Elefante. Enquanto alguns balançavam a cabeça, uns dançavam com os olhos fechados e outros fixavam os atentos olhares nos habilidosos dedos nas cordas.
Foi difícil encontrar espaço para enxergar o show. Porém, valeu a pena tanta procura. Os integrantes da banda são músicos admirados e elogiados, mas demonstraram que tudo isso não é de graça. Fizeram jus ao nome e desvendaram o porquê do respeito à Pata. Entre composições do primeiro álbum e outras inéditas, os caras mostraram que sabem tocar.


Além de belas e harmoniosas melodias e as caretas de Prego quebrando a bateria, eles têm o que falta para algumas bandas, a química. Daniel virava para Prego e dizia “agora vai, Sooopraaa!!! Agora vai tal música!”.
Concentrado e descontraído, eles conseguem fazer um som ao vivo sem serem desleixados. Os três comprovaram que a música precisa de paixão e dedicação. Canções regadas com claras influências dos anos 60, como Jimi Hendrix, não deixam obscuras a pegada original da Pata.


“Toca Soltaram!”. Essa foi a mais pedida durante o show, talvez por ser a mais conhecida. Foi também a música escolhida para o primeiro clipe gravado pela banda, no cais do Porto Alegre, com direção de René Goya Filho e Daniel Bacchieri.
E então, Daniel vira para trás e fala para Gustavo, O Prego: “Soltaram!”. Um pequeno deslize de Gabriel na guitarra foi recompensado com o sorriso de Daniel para ele, mostrando mais uma vez a harmonia não só do som, mas da banda, entre a banda. Erro nem tão grave, apenas acidentes, assim como as escapadas de baquetas e cordas arrebentadas.
A Pata fez, e faz, um som de peso. Sem pose e sem frescura. Direto e contagiante. E contagiou os admiradores mais recentes e os mais antigos. Teve quem ainda foi para conferir o porquê de tanta “falação” dessa tal Pata.
O show acabou porque tinha horário para encerrar, mas o público não parecia nada cansado. No final, um pedido do baterista Prego para que a platéia ficasse para fazer mais festa.


Alguns ficaram e puderam conversar. Outros foram embora logo que acabou o show, ao som de “Get Back”, dos Beatles. Quem decidiu ir embora “cedo”, foi em paz. Mas perdeu, e perdeu feio.
Para compensar, pode-se conferir mais sobre a banda no site www.patadeelefante.com. Por lá dá para baixar até o clipe da música “Soltaram!”.

domingo, outubro 01, 2006

(Re)descoberta

. . . Não sei como só percebi o motivo nessa tarde de domingo. Não sentir vontade de sair de casa era tão obvio. Tenho tudo aqui, na (re)descoberta de um pátio que por pouco tempo, e por desconhecidas razões, abandonei. Sentada numa cadeira amarela, ignorei o livro que segurava. Com o olhar perdido, pensando na solidão que me é reservada a partir de hoje, mas sobre isso já não quero escrever. O que importa é a (re)descoberta do lugar agradável, o qual me desliguei. Lugar de longas conversas, rodas de chimarrão, churrascos em família, disso tudo já foi palco. Mas agora, como bem sei, minhas horas não são mais assim, visto que me vejo na maioria destas sozinhas. E, como ainda me conheço, aprecio esses quase solitários instantes. E ali é realmente um lugar agradável.

Cerca de uma dezena de vasos brancos com bordas roxas ficam na janela da cozinha. Dessas plantas que escondem a vidraça, só conheço por nome a tal samambaia. O chão de cimento só fica quente nas primeiras horas da manhã, quando o sol ali alcança. Ali também posso ficar quando não chove muito forte, é a parte com telhado. A outra parte do pátio é separada por um grande portão cinza que apresenta na parte inferior, através de pequenas manchas alaranjadas, o indício de ferrugem. E é lá o melhor lugar e onde decidi permanecer o resto do dia.

As folhas de uma grande amoreira dão um ar confortante, ainda mais em um dia mormacento de primavera como esse. O chão manchado de roxo abre caminho para outra árvore, menor que a primeira, mas que costumava dar os mesmos frutos. Já não é assim porque sofreu a desgraceira de ter os galhos arrancados.


Mais folhas e flores completam um discreto colorido ao lugar, que visto dos fundos, tem o cinza do telhado da minha casa e o das casas vizinhas confundido com os verdes morros. O canto dos passarinhos é, na maior parte do tempo, a trilha sonora. Não sei se é porque antes não havia prestado a devida atenção, mas nos últimos dias os bem-te-vis são os que mais se destacam. Retrucam meus assobios e não me deixaram descobrir o que passei a suspeitar: a existência de um ninho aqui por perto. Na tentativa de achar, olhando para o alto e sentido uma chata pressão na cabeça, avisto uma branca mancha que não pode ser uma nuvem.


Olha para baixo, coloco no livro o marca página e deixo a dor aliviar. Volto a olhar e vejo entre folhas de árvores que não sei o nome, a meia lua. Prenúncio de mais uma noite agradável, num lugar agradável.
Entro em casa, ligo o rádio e espero o sol ir embora. A vontade de não sair de casa aumenta. Os pássaros que me dêem licença. Vou ouvir mais Beatles . . .