segunda-feira, agosto 14, 2006

Página 107 . . .

. . . Tentei ver um filme que já havia tentando assistir na última semana. A porcaria do dvd trancou. E isso já eram umas duas horas. Cansei de tentar fazer o filme rodar. Fui baixar mais músicas. E fiquei, até umas cinco e pouco, baixando música e lendo blogs jamais antes vistos. Textos bacanas, outros deprimentes de tão ruins. Mas... desliguei tudo. Arrumei a cama com aquela sensação de um outro ciclo. É assim comigo- quem me conhece, sabe. Quem acha que conhece, acho que também já descobriu. Bom..mas enfim! Madrugada, já manhã dessa segunda e eu sem sono. Sem nenhum princípio de sono. Lá na página 107 de um pocket com suas amareladas páginas, eu li:

“ (....) Uma coisa horrível que existe no mundo é o fato dos jovens não terem liberdade para amar; mas pior ainda do que isso é que eles não sabem amar; e no entanto foram feitos para o amor. Não sei se o senhor me entende: uns fogem do amor e outros o procuram com sofreguidão, mas no fim o que fica, em todos, é a mesma coisa, uma insuportável sensação de vazio.”

Paramos. O meu sorriso concordável e surpreso e eu. E aí a minha boca fechou e eu segui sozinha, querendo ler e ler e ler aquilo tudo ali...

“(....) O amor é generosidade, compreensão, ausência de egoísmo, mas no entanto, os amantes são egoístas, mesquinhos e intolerantes, porque essa é a condição humana; agora, acontece que na fase de aguda excitação psíquica que caracteriza todo amor, essas coisas não parecem com muita nitidez.”

Essas coisas acontecem. Acaso? Já me perguntaram se conheço esse tal acaso, se nele acredito. Não creio em muitas coisas, não. Pelo menos acho que não creio nas “certas”. É o que parece. Se acaso ou não...aí está, o fim quase acabado da página 110:

“(...) Lentamente comecei a sentir saudades dela e quanto mais tempo passava mais eu sentia sua ausência. Anos, muitos anos já se passaram, eu nunca mais a vi, cada vez ela está mais perto de mi: esqueci todas as outras mulheres que conheci depois, nem mesmo me lembro do nome de muitas, mas dela lembro tudo, tudo. Estranho, o senhor não acha?” . . .



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