terça-feira, março 27, 2007

O Dia de Ontem (na noite de ontem)

Sem tempo, esquecimento, preguiça!
Segue texto que deveria ter postado aqui
na última quinta-feira (15 de março).

. . . Há horas penso em algo.
Em algo que não se precisa pensar muito.
Talvez o tempo necessário para se ter consciência.
Nos últimos dias, esse algo que não precisa muito tempo para se pensar, tem ocupado boa parte dos segundos de cada minuto em que nada tenho para fazer. E mesmo quando faço qualquer coisa para me distrair desse algo, lá está ele, estampado na página 113:

“Ainda ontem à noite eu te disse que era preciso tecer. Ontem à noite disseste que não era difícil, disseste que um pouco irônica que bastava começar, que no começo era só fingir e logo depois, o fingimento passava a ser verdade, então a gente ia até o fundo do fundo”.

O trecho acima resume boa parte da teoria desse algo que tanto penso.

Mas não mais somente pensarei.
Não mais pensarei.

“Eu te disse que estava cansado de cerzir aquela matéria gasta no fundo de mim, exausto de recobri-la às vezes de veludo, outras de cetim, purpurina ou seda- mas sabendo que no fundo permanecia aquela pobre estopa desgastada.”

As palavras dos fragmentos aí valem por muitas que preencheria esse post nas minhas palavras.

Sem mais por hoje . . .

O entre aspas aí refere-se ao conto

"O dia de ontem", de Caio Fernando Abreu.

Um comentário:

Temperos e Desesperos disse...

Todas essas coisas apaixonadas é dedicado à caixa dez????


hauhauahuahuahauahuah...