. . . Tava uma noite como tantas outras
Pessoas lá do jornal
Conversas descompromissadas
Papo cabeça(?) e muita risada
Foi quando só de vereda eu vi
Ele ali
Escorado na parede
Quieto, olhando meio cabisbaixo
O coração nem disparou
Mas é sempre estranho rever
(E ter que lembrar até as
marquinhas que lhe formam a boca)
Lembrar daquela vez, daquele dia
Lembrar e ter que logo esquecer
Continuei conversando
Mas não deu
Ele interrompeu
Pensei que viria com uma conversa chata
Dessas que começam com um “oi-como é que tá?
-o que anda fazendo?-e o fulano?”
Que nada
Olhou bem fundo nos meus olhos
Tava escuro ali
Mas consegui me ver nos castanhos dele
Ele só me disse: “tô indo pra Poa”
E eu disse:
“é sempre bom. Faz tempo que não vou pra lá!”
“Não. Tu não entendeu”
Ele disse sacudindo a cabeça
Franzi a testa
"Tô indo morar lá e quero te levar comigo!"
Agora tô sem saber o que fazer!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário