terça-feira, novembro 28, 2006

Real fragmento de uma onírca lembrança . . .

. . . Tava uma noite como tantas outras
Pessoas lá do jornal
Conversas descompromissadas
Papo cabeça(?) e muita risada
Foi quando só de vereda eu vi
Ele ali
Escorado na parede
Quieto, olhando meio cabisbaixo
O coração nem disparou
Mas é sempre estranho rever
(E ter que lembrar até
as
marquinhas que lhe formam a boca)
Lembrar daquela vez, daquele dia
Lembrar e ter que logo esquecer
Continuei conversando
Mas não deu

Ele interrompeu
Pensei que viria com uma conversa chata
Dessas que começam com um “oi-como é que tá?

-o que anda fazendo?-e o fulano?”
Que nada
Olhou bem fundo nos meus olhos
Tava escuro ali

Mas consegui me ver nos castanhos dele
Ele só me disse: “tô indo pra Poa”
E eu disse:

“é sempre bom. Faz tempo que não vou pra lá!”
“Não. Tu não entendeu”

Ele disse sacudindo a cabeça
Franzi a testa
"Tô indo morar lá e quero te levar comigo!"

Agora tô sem saber o que fazer!

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